ATUALIDADES
MUDOU MUITO?NEM TANTO
Durante a Idade Média, um dos aspectos mais fundamentais da higiene, o banho, era considerado prejudicial se tomado em excesso. E "banhar-se em excesso" geralmente significava fazê-lo mais de duas ou três vezes por ano. O cheiro de corpos não lavados impregnava todas as casas.Mesmo os monges da abadia de Cluny, a mais opulenta da Europa, banhavam-se apenas duas vezes por ano, antes da páscoa e antes do natal. Nas áreas urbanas, o esgoto e a água usada eram simplesmente atirados pela janela, muitas vezes na cabeça do transeunte que tivesse a infelicidade de estar no lugar e hora errados. As roupas eram lavadas muito raramente, geralmente duas ou três vezes por ano, devido à raridade e ao custo do sabão, e conseqüentemente viviam infestadas de pulgas, percevejos, piolhos e traças. Catar piolhos era uma atividade regular das famílias, sendo mesmo uma forma de lazer. Quem mais corria risco eram os recém-nascidos, já que as mulheres costumavam forrar as camas com lençóis sujos e velhos para dar à luz, pois assim não estragavam os bons. Entre um quarto e um terço das crianças morriam antes de completar um ano e muitas outras antes dos dez anos. De cada dois nascimentos bem-sucedidos podia resultar um único adulto saudável. As casas eram ninhos de ratos, que disputavam com os animais de criação os restos de comida.Em pensar que hoje em dia ainda há locais em que parte disso ocorre por pura falta de competência dos governantes,cidades inteiras sem saneamento básico e outras em que o banho é escasso porque o sujeito ou bebe ou fica limpo e morre de sede.
Colunista: Tadeu Nogueira
posted by: Anônimo
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quinta-feira, março 30, 2006
at 14:58
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