Deitado eternamente em berço esplêndido
Atendendo ao convite de Labellaluna, começo a escrever aqui no Blog News, na boa companhia das Desassistidas (votei muito em vocês) e dos outros membros que ainda não conheço muito bem.
Não costumo escrever sobre política, mas essa eleição tem trazido uma idéia quase fixa que tem me incomodado bastante:
O eleitor brasileiro não vota em um candidato por suas idéias, partido ou o que for, vota esperando por um messias, que vai resolver todos os problemas, do salário mínimo à cura do câncer, passando pela unha encravada. E aí vale a máxima "cada povo tem o governo que merece".
Começando pelo horário eleitoral, tenho a firme convicção de que alguém que decide em quem votar baseado em propaganda, não deveria ter direito ao voto (não vou nem entrar no mérito do voto obrigatório, outra aberração). Pesquisar quem é o candidato de fontes idôneas dá trabalho, mas é a única maneira de escolher o melhor (ou o menos pior, que tem sido o caso desde sempre).
Mas para não fugir do ponto, o que falta mesmo para esse País andar são mais mil anos de história. O Brasil está no estágio da Europa feudal, com um povo maltrapilho, ignorante e doente. Me irrita profundamente cada vez que vejo alguém elogiando a "índole pacífica de nosso povo". A história mostra que não se faz um país decente sem derramamento de sangue, muito sangue. Nada melhor para dar o recado do que um rei decapitado. Londres chegou a ser literalmente incendiada por seu povo, e me digam quem está melhor hoje, os súditos da rainha ou nosso bebê no berço esplêndido?
Enquanto nossos governantes tiverem a tranqüilidade de saber que podem fazer literalmente qualquer coisa sem nenhum tipo de reação da população, sendo inclusive reeleitos (ou eleitos depois de uma pausa, caso do famigerado Fernando "dono de Alagoas" Collor de Melo), continuaremos vendo essa chacota que chamam de política.
E para concluir, é triste ver que o maior exemplo de organização que obtém resultados em suas reivindicações continua sendo o PCC.
Não costumo escrever sobre política, mas essa eleição tem trazido uma idéia quase fixa que tem me incomodado bastante:
O eleitor brasileiro não vota em um candidato por suas idéias, partido ou o que for, vota esperando por um messias, que vai resolver todos os problemas, do salário mínimo à cura do câncer, passando pela unha encravada. E aí vale a máxima "cada povo tem o governo que merece".
Começando pelo horário eleitoral, tenho a firme convicção de que alguém que decide em quem votar baseado em propaganda, não deveria ter direito ao voto (não vou nem entrar no mérito do voto obrigatório, outra aberração). Pesquisar quem é o candidato de fontes idôneas dá trabalho, mas é a única maneira de escolher o melhor (ou o menos pior, que tem sido o caso desde sempre).
Mas para não fugir do ponto, o que falta mesmo para esse País andar são mais mil anos de história. O Brasil está no estágio da Europa feudal, com um povo maltrapilho, ignorante e doente. Me irrita profundamente cada vez que vejo alguém elogiando a "índole pacífica de nosso povo". A história mostra que não se faz um país decente sem derramamento de sangue, muito sangue. Nada melhor para dar o recado do que um rei decapitado. Londres chegou a ser literalmente incendiada por seu povo, e me digam quem está melhor hoje, os súditos da rainha ou nosso bebê no berço esplêndido?
Enquanto nossos governantes tiverem a tranqüilidade de saber que podem fazer literalmente qualquer coisa sem nenhum tipo de reação da população, sendo inclusive reeleitos (ou eleitos depois de uma pausa, caso do famigerado Fernando "dono de Alagoas" Collor de Melo), continuaremos vendo essa chacota que chamam de política.
E para concluir, é triste ver que o maior exemplo de organização que obtém resultados em suas reivindicações continua sendo o PCC.
posted by: j. noronha
on
domingo, outubro 15, 2006
at 23:08
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