Exame de admissão
Todo mundo tem uma tia que fala que no seu tempo tinha aula de latim e francês e que o ensino era "mais forte". E os professores de latim e de francês falavam latim e francês, respectivamente! A exclamação é porque trabalhei quase dez anos como professor de física e só conheci dois professores de inglês que são fluentes na língua, os outros só ensinam inglês escrito e olhe lá.
Mas o que me levou a escrever sobre educação foi um fato ocorrido algumas semanas atrás. Fui até o IPÊ (plano de saúde dos funcionários estaduais, eu ainda lecionava) atrás de algum papel que não vem ao caso. Enquanto aguardava minha vez, entrou uma mulher na casa dos 50 anos, com um cabelo que era moda nos anos 80 e usando um agasalho de tactel que, quando ela se sentou, mostrou estar descosturado digamos assim, nas nádegas. Observando a figura patética, pensei com meus botões, só pode ser professora. Mal tive tempo de pensar e uma conhecida sentou ao lado dela e começou a perguntar como ia a escola e os alunos, etc.
Antes que alguém diga que estou estereotipando o professor gaúcho, dou uma sugestão, vá até uma escola e confira com seus próprios olhos.
Como alguém espera algo de uma criatura que não olha nem as próprias calças antes de se vestir? Eu próprio tive dezenas de professores assim ao longo do ensino médio. Desatualizados, desmotivados e, o que é pior, achando que fazem um trabalho imprescindível.
Não vou entrar no mérito do salário porque daí já é assunto para tese de mestrado, não para um post.
E agora estão introduzindo sociologia no currículo e mais uma série antes da primeira. Vai adiantar alguma coisa? Duvido, se quem for dar aula de sociologia for aquele professor de química que precisa completar a carga horária. E para que mais uma série no início, por que não no final, já que há sempre pouco ano letivo para muito conteúdo?
O analfabetismo funcional é regra, não exceção, uma pesquisa recente mostrou que em torno de 50% dos alunos do ensino fundamental (até a 8ª série) não entendem o que lêem. Nem precisava pesquisa, quem já pisou em uma sala de aula sabe que a realidade é até pior.
Soluções? Eu achei a minha, a porta da rua. O último a sair apague a luz, por favor.
Mas o que me levou a escrever sobre educação foi um fato ocorrido algumas semanas atrás. Fui até o IPÊ (plano de saúde dos funcionários estaduais, eu ainda lecionava) atrás de algum papel que não vem ao caso. Enquanto aguardava minha vez, entrou uma mulher na casa dos 50 anos, com um cabelo que era moda nos anos 80 e usando um agasalho de tactel que, quando ela se sentou, mostrou estar descosturado digamos assim, nas nádegas. Observando a figura patética, pensei com meus botões, só pode ser professora. Mal tive tempo de pensar e uma conhecida sentou ao lado dela e começou a perguntar como ia a escola e os alunos, etc.
Antes que alguém diga que estou estereotipando o professor gaúcho, dou uma sugestão, vá até uma escola e confira com seus próprios olhos.
Como alguém espera algo de uma criatura que não olha nem as próprias calças antes de se vestir? Eu próprio tive dezenas de professores assim ao longo do ensino médio. Desatualizados, desmotivados e, o que é pior, achando que fazem um trabalho imprescindível.
Não vou entrar no mérito do salário porque daí já é assunto para tese de mestrado, não para um post.
E agora estão introduzindo sociologia no currículo e mais uma série antes da primeira. Vai adiantar alguma coisa? Duvido, se quem for dar aula de sociologia for aquele professor de química que precisa completar a carga horária. E para que mais uma série no início, por que não no final, já que há sempre pouco ano letivo para muito conteúdo?
O analfabetismo funcional é regra, não exceção, uma pesquisa recente mostrou que em torno de 50% dos alunos do ensino fundamental (até a 8ª série) não entendem o que lêem. Nem precisava pesquisa, quem já pisou em uma sala de aula sabe que a realidade é até pior.
Soluções? Eu achei a minha, a porta da rua. O último a sair apague a luz, por favor.
posted by: j. noronha
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terça-feira, outubro 31, 2006
at 01:50
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